O justo já não me dá mais susto, pois que nada busco
Ando não mais em bando nem quando era mais brando
Um vai e vem se tem do além, mas sem vintém, como convém
Opinar é não falar para não criticar nem brigar
Discutir no ir e vir para servir sem ferir
E quem não cede, fede. E nada recebe!
Como conquistar um par para não parar de dar?
Como matar um ser sem receber e sem doer?
Quem se incomoda está na roda da moda
Vigiar e amar, e sentar e chorar;
rir e vir e fugir de tanto ir
A face que não nasce e nada nem ninguém desgrace
O que coibir do rir no não-sentir?
Por que saber para nada ter com muito a perder?
Vem com cem, mas sem vintém
Rosado, cingido e alado
Voa e me perdoa
A intuição brota do coração e sempre em vão
Solta a revolta na volta
Sereno, terreno e moreno
Altivo, lascivo e ativo
Quente, ardente que só mente;
Verdade da caridade na castidade
Engenhoso, vaidoso, não corajoso
Vadio, sadio e o primeiro no rodopio
Temente, acusa a serpente doente
Jaz, lilás, em posição fugaz
Colorido, dolorido, estremecido
Arfando, soluçando, chorando
Grita e canta. Quer dançar e volitar
Rodopiado e maltratado; desfigurado e azarado
O mais belo da corrente sem elo e sem dente
Faz-me rir até fremir
de mim, é o fim!
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Published on e-Stories.org on 22.05.2021.
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